sábado, janeiro 22, 2011

Control

Ontem, finalmente, vi o filme Control que retrata, mais do que o percurso da banda Joy Division, o mundo sombrio e fatalista do seu vocalista, Ian Curtis
Não é preciso gostar da banda para gostar do filme, garanto. Tal como disse o seu director, Anton Corbijn, "O filme contém música, mas não é um musical", indo assim aos recantos mais pessoais da vida de Ian Curtis, explorando o sofrimento e solidão que o foram corroendo até se suicidar com apenas 23 anos. "Espero que os espectadores entendam que tentei fazer um filme de verdade e não uma biografia do rock", reforça ainda o director holandês e, na minha modesta opinião, conseguiu. Desde a história, ao elenco e à técnica utilizada para a realização do filme, não tem como não reconhecer o mérito. 
Sam Riley, que dá vida ao falecido vocalista, merece sem dúvida um aplauso de pé. As cores escolhidas, preto e branco, ao estilo de Corbijn, enfatizam todo o universo mórbido, conturbado e melancólico de Curtis, as suas frequentes crises de epilepsia e o triângulo amoroso entre um casamento difícil e um caso extra-cônjugal. Por fim, e como não podia deixar de ser, também a música pontua esta biografia, "Love will tear us apart", "Transmission", "Atmosphere", mas atribuo o ponto alto ao momento em que canta "She's lost control", música que serve de mote inspirador para o nome do filme e que parece ter sido escrita para uma cliente de Ian Curtis, enquanto ele trabalhava numa agência em Manchester, que sofria igualmente de epilepsia acabando por morrer durante uma crise.
Vale a pena ver!




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