segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Mais ou Menos

 Ainda não consegui perceber se gosto do seguinte texto ou não. Revejo-me em algumas coisas, mas também discordo em muitas, não consegui perceber o que faz da mulher, aqui, mulher, ou se não é suposto fazer.
Sou feminista (qb), confesso.. no fundo acho-lhe simplesmente piada!

"O que sempre soube sobre as mulheres:

Tratam-nos mal, mas querem que as tratemos bem. Apaixonam-se por serial-killers e depois queixam-se de que nem um postalinho. Escrevem que se desunham. Fingem acreditar nas nossas mentiras desde que tenhamos graça a pregá-las. Aceitam-nos e toleram-nos porque se acham superiores. São superiores. Não têm o gene da violência, embora seja melhor não as provocarmos. Perdoam facilmente, mas nunca esquecem. Bebem cicuta ao pequeno-almoço e destilam mel ao jantar. Têm uma capacidade de entrega que até dói. São óptimas mãe até que os filhos fazem 10 anos, depois perdem o norte. Pelam-se por jogos eróticos, mas com o sexo já depende. Têm dias. Têm noites. Conseguem ser tão calculistas e maldosas como qualquer homem, só que com muito mais nível. Inventaram o telemóvel ao volante. São corajosas e quando se lhes mete uma coisa na cabeça levam tudo à frente. Fazem-se de parvas porque o seguro morreu de velho e estão muito escaldadas. Fazem-se de inocentes e (milagre!) por esse acto de bondade tornam-se mesmo inocentes. Nunca perdem a capacidade de se deslumbrarem. Riem quando estão tristes, choram quando estão felizes. Não compreendem nada. Compreendem tudo. Sabem bem que o corpo é passageiro. Sabem que na viagem há que tratar bem o passageiro e que o amor é um bom fio condutor. Não são de confiança, mas até a mais infiel das mulheres é mais fiel que o mais fiel dos homens. São tramadas. Comem-nos as papas na cabeça, mas depois levam-nos a colher à boca. A única coisa em nós que é para elas um mistério é a jantarada de amigos -  elas quando jogam é para ganhar. E é tudo. Ah, não, há ainda mais uma coisa. Acreditam no Amor com A grande mas, para nossa sorte, contentam-se com pouco"

Rui Zink, 2010

(Descobri este texto através da Sofia,fica desde já um obrigada, no fim não escondo o sorriso malandro!)



3 comentários:

Sofia R. disse...

Sou das pessoas menos adeptas do acto de generalizar (embora por vezes falhe, e noutras vezes é só pelo puro gozo do momento, de meter toda a gente no mesmo saco), mas tenho de admitir que a dualidade interna de uma mulher é real e constante na sua inconstância característica. Mas de qualquer forma, não, não concordo com tudo o que ele tenha dito, identifico-me com um ou outro ponto, mas não com o texto na sua totalidade. Acho que seria impossível, e nenhuma mulher pode ser reduzida a tão pouco. Contudo, parece-me um bom texto para se partilhar e discutir over a cup of tea and some biscuits com as amigas :) *

Clara Mafalda disse...

foi exactamente essa a sensaçao que o texto me deu, tal como disse, revejo-me em algumas coisas mas discordo em muitas, acho que no fundo é engraçado, independetemente de qualquer ilaçao e sim, a dualidade interna da mulher é um facto e contra factos não ha argumentos :) acho que é por isso que gosto tanto de ser mulher, todos os dias é uma nova aventura de reflexao interior :D

(e quando fiz a referência a ti, foi apenas à fonte de onde vi o texto, para não levares a mal ter colocado aqui :))
*

Sofia R. disse...

Ora essa, eu é que agradeço a publicidade grátis ;) *