A minha ausência por aqui é sempre suprida quando os meus dedos formigam para deixar claro que, antes de deixar para trás, é preciso sentir toda a trajetória.
Assim ressurgiu '500 days of summer,' no meio de uma pandemia. Talvez a ordem cronológica não seja essa, mas, como todos os momentos mais intensos, as memórias surgem fragmentadas, misturam-se entre sensações de dor e amor, que adoçam e amargam, que nos dão força tão rápido quanto nos puxam o tapete, que nos fazem sentir um dia Summer e no outro, Tom!
Revi(vi) o filme. Desta vez dei pausa várias vezes para respirar.
Revi(vi) o amor à primeira vista e a necessidade de não idealizar o amor para sempre.
Revi(vi) a aurora da paixão e as frustrações de não ser correspondido.
Senti-me Summer. Senti-me Tom.
Discuti se era uma comédia romântica, refleti se era um final feliz e ainda ponderei que não fosse uma história de amor. Mas revi(vi) a superação (seja na paixão, seja na vida) das relações efémeras e dos sentimentos juvenis. E não há nada que mais se queira em meio a uma pandemia do que superar e amar. De novo e mais uma vez, mesmo sabendo que o erro trágico já foi e voltará ser o erro de muitos de nós.
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